Iniciamos a semana santa com esse belíssimo imperativo expresso na carta de São Paulo aos Filipenses, e tema da Jornada mundial da juventude deste ano, no qual o papa Bento XVI exorta a todos os jovens a serem missionários da alegria, não de uma alegria passageira, mas da verdadeira alegria, a que provém de Deus.
Essa semana somos todos convidados a fazer memória dos acontecimentos que antecederam a entrega total de Jesus por cada um de nós, e em espírito de agradecimento revivê-los com muita fé e amor.
No domingo de Ramos onde celebramos a entrada de Jesus em Jerusalém, somos chamados a nos reunir na JDJ e como jovens acompanhar Jesus no itinerário para a sua paixão e morte, como afirma santo André de Creta: “Imitemos os que foram ao seu encontro, não para estendermos à sua frente, no caminho, ramos de oliveira ou de palmas, tapetes ou mantos, mas para nos prostrarmos a seus pés com humildade e retidão de Espírito...Portanto em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de folhagens que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem seu verdor, prostremo-nos aos pés de Cristo. Revestidos de sua graça, revestidos dele próprio.
Na quinta feira olhemos para Jesus que tendo amado os seus, amou-os até o fim (Jo 13, 1b) e aprendamos dele o verdadeiro serviço, que faz o mestre, o Filho de Deus lavar os pés de seus discípulos, e dá-lhes o exemplo, assim como para cada um de nós. O serviço que nasce do amor, um amor incondicional e sem exclusividades. “Eu que sou o mestre e senhor, lavei os seus pés; por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei um exemplo: vocês devem fazer a mesma coisa que eu fiz”. (Jo 13, 14-15).
Acompanhemos Jesus em sua agonia no Horto das Oliveiras e peçamos que assim como ele, nós também saibamos nos conformar a vontade de Deus, para que como seguidores Dele, sejamos obedientes como Ele foi: “Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus, pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo, tornando-se semelhante aos homens. Humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. (Fl 2, 6-8)
E na sexta feira da paixão percorramos o caminho do calvário com Cristo, subamos com Ele ao monte, e contemplando cada estação da Via Sacra aprendamos a ser Cirineu ajudando nossos irmãos jovens a carregarem a sua cruz, quando o peso do desanimo, do medo, do individualismo, das drogas forem mais fortes que a vontade de alcançar suas metas. Sejamos Verônica para sempre enxugarmos os rostos de tantos irmãos nossos que estão à margem da sociedade, rostos de mulheres, idosos, crianças, jovens, desempregados, rostos cansados de tanto sofrimento.
E assim como Maria, permaneçamos firmes aos pés da cruz. Símbolo máximo de amor e doação, símbolo da nossa Salvação, de um Deus que morreu pelos homens, como afirma santo Agostinho. “Gloriemo-nos também nós da cruz do Senhor”.
Adoremos a santa Cruz e contemplemos o silêncio que fala, prostremo-nos aos pés dela e com um beijo demonstremos todo o nosso amor a Cristo, nossa verdadeira e eterna alegria.
Boa semana santa a todos, e vivamos sempre alegres no Senhor, pois a alegria é uma das características mais marcantes da juventude, saibamos seguir Jesus, o jovem de Nazaré, e aprendamos dele a humildade, a obediência e acima de tudo o amor, um amor que nos leva a doar a própria vida.
Ir. Mª Clara Pires, MdI
Assessora diocesana
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